segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Candypeople.

Em muitos dias, eu indago-me onde é que está a nossa cultura. Apesar de gostar bastante dos beats, esta geração Coca-Cola não é pra mim. Repentinamente, milhões de grupinhos começaram a surgir: emos, punks, skinheads, metaleiros, posers, veggies, beeshas glamurosas... É até medonho pensar nisto tudo. O mais assustador, mesmo, é a quantia de neopensadores que arrebitaram seus narizes nos últimos tempos: teorias brutescas, umas contra as outras. Pessoas que brigam por idéias que, muitas vezes, são plenamente infudadas, porém têm uma grande atenção. Uma coisa que eles não perdem em comum é a vontade de ser, o desejo wannabe. Todos são iguais, no fundo, e possuem a mesma quantia de cultura que o outro.

Achei no Orkut estes dias uma comunidade que chamou muito a minha atenção:



Realmente, é bizonha a quantidade de pessoas que citam Nietzsche jurando que são "as" inteligentérrimas. Por que citar Nietzsche é bonito? O que sabe Vygotski sobre cachorros-quentes e o que sabe o homem dos cachorros-quentes, aqui da esquina de casa, sobre comportamento infantil? Por que saber sobre sociedade, sobre a mente humana, sobre teorias complexas que envolvem pensamentos gigantes é essencial e superior a saber como se frita um bacon ouvindo pagodinho? Será que Dostoiévski sabia fritar bacons e bater a mão num pandeiro?

Não sei por que filosofo agora tanto sobre isto, mas esta madrugada esutava uma música desta época que me agrada muito.
É uma canção de Christina Aguilera, que está no seu novo álbum duplo Back To Basics, e se chama Candyman.
Apesar de ser de muito antes de meus tempos, eu sempre gostei muito de Bill Haley And His Comets. Para quem não sabe, foi uma banda dos anos 50 e 60 que fez muito sucesso no mundo inteiro. Logo no início do Rock 'n' Roll, essa banda arrasava.
Candyman tem obtido imensa gratidão de minha pessoa, pois, com as batidas e letras dos nossos anos, conseguiu buscar o antigo ritmo de Bill Haley e estourar em todas as baladas. Não consigo conceber isto senão como genialidade.

Eu acho que me delicia muito enxergar que, dentre tantos fast-foods e shopping centers, existem artigos pops que fazem o conhecimento poppar...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai bem... Essa gente com suas teorias infundadas não emrecem sequer a nossa revolta.

Ignora que vai embora, é o que eu sempre digo.