sábado, 1 de setembro de 2007

Nem um.

Cheguei. Lá estava eu, naquela noite bela de sexta-feira. As baladas a rolar, os barezinhos a lotar... Combinei de encontrar-me com meu querido. Era ele, aquele moço esbelto, de sorriso aberto que me acolhia. De braços envoltos consigo, a bola passava.
- Quem vai bolar? Quem vai bolar?
Aquele cheiro estonteante de erva em brasa. Surpreendentemente, meu homem se levanta.
- Eu! - esbravejou
- Mas, como assim? Aquieta-te aqui!
- É só um pouquinho...
E lá foi aquele pouquinho... Pouquinho, tão poucochinho. Aquele pouco que não acaba mais. Aquele pouco ilimitado, da gana de quem engana e que só engana a própria gana.
Triste. Levantei-me. Não queria assistir àquela cena...
"Por quê?", vinha-me ao cérebro. "Se têm pulmões, se têm coração, se têm a saúde completa de um humano jovem, por que destruem tudo?".
O cheiro impregnado em minhas vestimentas, minhas narinas com sabor de fogo... Ninguém respondeu. Ninguém. Nenhum. Nem um.
Nem um. Isto que eu queria entender. Nem um. Quiçá daqui vinte, vinte cinco ou trinta voltas ao redor do Sol, nem um.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei mau! x)
te falei no dia!
bjzzzzzz xD