domingo, 21 de outubro de 2007

Vida seriada.

Nesta última quarta-feira, recebi em casa o último DVD-Box do seriado Charmed.
Para aqueles que não sabem, Charmed foi uma série do canal norte-americano, The WB, que relata a história das irmãs Halliwell que são as mais poderosas boas feiticeiras/bruxas que são conhecidas na comunidade sobrenatural como as Charmed Ones. Cada uma destas três irmãs tem um poder particular que se desenvolve à medida que elas conseguem controlá-lo. As Encantadas (The Charmed Ones) vivem em São Francisco, Califórnia numa mansão que pertenceu sempre à família Halliwell e usam os poderes mágicos para defenderem inocentes contra bruxos, feiticeiros, demônios e outras criaturas sobrenaturais que vivem no submundo.
Eu não sei o porquê, mas eu sempre me deixei envolver muito por esta série. Acho que todas as pessoas sempre tiveram algum show televisivo em que se espelhava. Não é por causa da magia que tem nele, ou dos efeitos especiais, ou das pessoas lindas e maravilhosas, estilo Hollywood, que o sensualizam, é a maneira como as irmãs conseguem lidar com os problemas do cotidiano, não os mágicos, mas os sentimentais.
Elas possuem uma capacidade imensa de ajudarem uma a outra a lidar com medo, dor, mágoa, infelicidade, obsessão e outros sentimentos negativos. Em várias partes do espetáculo, eu enquadro minha vida. Há situações nela que não sei como resolver e essas três irmãs conseguem resolver tudo maravilhosamente.
Quando eu era menor, eu costumava assemelhar-me com Piper Halliwell (Holly Marie Combs). Recentemente, associei este fato com outro fato que eu possuía uma grande tristeza interior e era vividamente negativo. Piper é assim. Ela sempre tem uma visão negativa das coisas, nunca sabe como prosseguir a vida, está sempre insegura dos seus atos e de quem é. Eu me sentia muito assim. Porém, ultimamente, eu vim mais que batalhando para conseguir uma vida digna. Este espírito de guerreiro que nasceu em mim me fez espelhar mais na personagem Phoebe Halliwell (Alyssa Milano), que é uma guerreira nata, mas não deixa de ser doce e compreensível.
Não sei como uma série que é vividamente superficial pôde afetar-me tanto. Quantas vezes ri, chorei, fiquei entusiasmado... Toda vez que passo por algum momento ruim em que preciso desaguar as lágrimas, é assistir a Charmed e tudo melhora.
Minha amiga outro dia disse que ela se sente do mesmo modo em relação àquele outro seriado Buffy, The Vampire Slayer. Acho que todos tivemos algo a nos espelhar conforme crescemos.
Assumo, contudo, que a série perdeu muita qualidade desde que a irmã Prue Halliwell (Shannen Doherty) faleceu na terceira temporada. Diz a mídia que Shannen possuía brigas pessoais com a outra atriz, Alyssa Milano, e que não quis continuar a série. Prue durou até o último episódio dessa temporada e nem sequer dar um fim a ele, deu. Há uma grande perda de espaço temporal entre o último episódio da terceira e o primeiro da quarta temporadas. Ficaram, praticamente, sem nexo. Se o que foi dito na imprensa sobre a sua saída for verdade, não consigo conceber senão como irresponsabilidade. Porém, nunca saberei qual foi o verdadeiro ocorrido.
Na quarta temporada, para não perder o Power Of Three, incluíram uma nova irmã, Paige Matthews (Rose McGowan), que deram desculpa de ser meia-irmã das outras, uma vez que já foi dito que a mãe delas teve um caso com seu Whitelighter, traduzido como "Anjo-da-guarda das bruxas". Não acho Rose, tampouco Shannen boas atrizes. Nunca interpretaram tão bem quanto Alyssa e Holly Marie, mas entre Paige e Prue, fico com Paige. Nunca suportei o ar esnobe de Prue Halliwell e o grande enfoque da série em sua personagem, meio que desvalorizando as outras...
Outro artefato utilizado na série que me chama muito a atenção é a busca pelo amor. Os conflitos do coração, as paixões, o tesão, a obcecação amorosa... Quem na vida nunca sonhou em encontrar um grande amor, que fosse fazer todas as estrelas brilharem ? Agora, imaginemos só como é complicado, se já é difícil encontrar isto na vida comum, na vida mágica, com demônios, bruxos, feiticeiros e outros seres malignos querendo matar-nos a todo instante encontrar um?
Ah! Na verdade, esta série é tão intrigante que estou ansiosíssimo para saber qual final a série deu; não pude ver pela televisão, por isto estou consumindo o box como The Flash. Não sou muito fã de tevê, mas eu não tenho como não me apaixonar por cada segundo de Charmed. Se você não lhe assistiu ainda, assista! Tenho certeza absoluta de que não se arrependerá. =)

Um comentário:

Gabriel Matos disse...

Charmed é loosho *-* nunca parei pra ver, só via flashs u.u
ver a vida de um modo negativo é mto triste, que bom que vc mudou ;P
abrazooz, migz